Em cada sonho vive um olhar. Este olhar meu e teu não guarda um sonho nem o vive constante. O nosso sonho parece tal uma miragem demasiado perto sendo, em seu tempo, tão longínqua.
Sonho não, amor real. Momento presente que insere acontecimentos e recordações de segundos passados no nosso passado conjunto e reluz na miragem de novos futuros. Não é sonho, não é mira cega, não, não é. Ele é, sim, isso sim, o que não dizemos ou esquecemos proclamar em sua defesa. Defesa não necessária perante a sua força. Dispensável em toda a sua verdade. Mas ainda assim, esta força é força que representa o nosso sentimento de amor expresso, ainda que não da melhor maneira - pois a perfeição não atinge nenhum ser - da melhor forma que sabemos explicá-lo com argumentos destes dicionários muito reduzidos e pouco explícitos a sensações.